Um visitante à colónia é convidado a assistir à execução de um escravo pela sua incompetência. Durante a cerimónia, o visitante é informado através de um oficial dos detalhes políticos que regem a colónia, tais como: o caráter unilateral da justiça (uma vez que o executado nunca é informado da sua acusação até ao cumprimento da sua sentença); a discordância de ideologia entre o oficial e o Comandante atual; a história por trás da cerimónia das execuções; e a importância da máquina para o oficial e o antigo Comandante. Ao longo do diálogo, o visitante apercebe-se cada vez mais que a execução a que assiste pode na verdade ser facilmente interrompida, uma vez que o próprio Comandante já não concorda com este tipo de justiça e procura a opinião do público exterior à colónia. No entanto, ao fazer ouvir a sua intenção, o oficial não aguenta a pressão de poder a vir perder a sua adorada máquina, levando-o ao suicídio. Portanto, o que o conto quer transmitir em si é uma ideia do ambiente vivido nas épocas das grandes guerras, em que o totalitarismo era uma prática comum e a tendência para a automatização de funções era cada vez maior. Dá que pensar até, se havia a necessidade de automatizar o homicídio.
"Na Colónia Penal"
ResponderEliminarUm visitante à colónia é convidado a assistir à execução de um escravo pela sua incompetência. Durante a cerimónia, o visitante é informado através de um oficial dos detalhes políticos que regem a colónia, tais como: o caráter unilateral da justiça (uma vez que o executado nunca é informado da sua acusação até ao cumprimento da sua sentença); a discordância de ideologia entre o oficial e o Comandante atual; a história por trás da cerimónia das execuções; e a importância da máquina para o oficial e o antigo Comandante.
Ao longo do diálogo, o visitante apercebe-se cada vez mais que a execução a que assiste pode na verdade ser facilmente interrompida, uma vez que o próprio Comandante já não concorda com este tipo de justiça e procura a opinião do público exterior à colónia. No entanto, ao fazer ouvir a sua intenção, o oficial não aguenta a pressão de poder a vir perder a sua adorada máquina, levando-o ao suicídio.
Portanto, o que o conto quer transmitir em si é uma ideia do ambiente vivido nas épocas das grandes guerras, em que o totalitarismo era uma prática comum e a tendência para a automatização de funções era cada vez maior. Dá que pensar até, se havia a necessidade de automatizar o homicídio.
Pedro Ferreira